LANÇAMENTO DE ESPARTANOS
Espartanos é um filho que eu venho cuidando há anos, primeiro publicado no meu blog Pseudea, agora ele se tornou livro que estou publicando pelo Clube de Autores, como ele é filho de um blog, desta vida virtual, achei nada mais justo fazer seu lançamento pela net e não em uma livraria que o distanciaria de todos os seus leitores de todo o país que sempre o acompanharam. O livro trata da história de quatro meninos espartanos que crescem durante a Guerra do Peloponeso, uma guerra no século IV antes de Cristo entre Atenas e Esparta. E é um livro escrito por um historiador, isto é, este romance pode não aconteceu exatamente do jeito que eu estou narrando, porém ele poderia ter acontecido exatamente deste jeito porque ele é historicamente possível.
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Como fico um tanto tímido para elogiar meu próprio filho. Aqui, a orelha do livro:
A vida daqueles meninos os condicionaria a se tornarem guerreiros de Esparta: Alceu, Iolau, Heleno e Clício deixam suas posições de crianças para traçarem sua trajetória rumo à glória de servir sua cidade, em seus ínfimos sete anos de idade. A realidade em que são expostos é agressiva, é intimidadora e implacável. Apenas os fortes sobrevivem para que haja “liberdade para os gregos!” e, cada um, a sua maneira, mostra sua força para driblar os perigos que aparecem – tanto perigos para sua imagem como cidadão de Esparta, quanto perigos que colocam suas próprias vidas em risco.
Ao passar dos anos, e com seus desenvolvimentos pessoais construindo suas posições sociais na realidade em que vivem, os meninos se tornam adolescentes e, após, homens. Novas personagens vão se inserindo na vida dos protagonistas e criam novas estruturas para situação que explode ao redor, a guerra entre Esparta e Atenas.
Escrito com fluidez, o romance é uma verdadeira arca de informações históricas. Arca essa, aberta em cada trejeito de fala das personagens e na facilidade com que o narrador coloca o leitor imerso na realidade que está propondo. A carga informativa da obra não impede que o leitor, já impregnado pela verdade descrita, se emocione e se surpreenda a cada novo fato narrado.
Transitando entre as diferentes visões dos jovens guerreiros, a narrativa problematizará diferentes valores sociais da Antiguidade Clássica com a visão de mundo contemporânea do leitor, debatendo assuntos que vão desde as possíveis políticas que existiam, relações familiares, amor, até as vestimentas, tudo dentro de uma descrição minuciosa e embebedada pelo homoerotismo.
A obra entretém, além de informar, e pode ser usada como ponto de partida para discussões mais amplas que ultrapassam a época em que há o desenrolar da história. É uma trama que avança além do que se propõe, uma resposta artística a História de ontem e hoje.
Gabriel Bruno Martins